Sábado – Pense por si

China é o primeiro país a regulamentar Uber e semelhantes

Novas regras exigem que condutores nunca tenham sido punidos por condução perigosa ou sob efeito do álcool, e não só

A China tornou-se hoje o primeiro país a colocar em vigor regulamentos para plataformasonline de transporte como a Uber, que concorrem com os taxistas tradicionais, apesar dos protestos das empresas.

O novo enquadramento jurídico, definido pelo Ministério dos Transportes, exige que os motoristas tenham carta de condução há pelo menos três anos e nunca tenham sido punidos por condução perigosa ou sob efeito do álcool.

Os regulamentos são os primeiros aprovados por um país para este modelo de negócio, segundo a imprensa chinesa e internacional, e permitem ainda às diferentes cidades introduzir medidas específicas.

Em Pequim e Xangai, as duas maiores cidades da China, apenas motoristas com autorização de residência local e veículos com matrícula local poderão entrar no mercado.

As medidas foram criticadas pela Didi Chuxing, o rival chinês da Uber, que tem uma quota de quase 90% do mercado e que em Agosto passado anunciou a compra das operações da empresa norte-americana na China.

"Centenas de milhões de passageiros e dezenas de milhões de condutores serão prejudicados", afirmou a empresa em comunicado, notando que só em Xangai as novas medidas excluem 97% dos 410 mil motoristas da empresa na cidade.

A nova legislação obriga ainda as empresas do setor a pagar impostos e proíbe-as de praticar políticas de preços "susceptíveis de causar perturbações no mercado", restringindo, possivelmente, o recurso a subsídios.

Em maio, a norte-americana Apple investiu mil milhões de dólares (911 milhões de euros) no Didi Chuxing.

No ano passado, a população com acesso à Internet na China atingiu os 688 milhões, 90% dos quais acedem à rede através de dispositivos móveis.

A Didi estima que o mercado chinês para as aplicações de transporte pode chegar aos 90 milhões de passageiros por dia.

No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.