O Governo prevê uma queda de 8,5% do PIB em 2020, ao passo que a OCDE aponta para 8,4% e o Banco de Portugal para 8,1%.
A Universidade Católica de Lisboa estima que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha contraído 8,4% no conjunto do ano de 2020, apontando ainda para uma quebra homóloga de 9% no quarto trimestre, segundo previsões hoje divulgadas.
"O ano de 2020 terá tido uma contração de 8.4% do PIB, o pior registo de sempre nas séries modernas da economia portuguesa", pode ler-se nas previsões hoje divulgadas pelo NECEP Forecasting Lab da Universidade Católica de Lisboa.
O Governo prevê uma queda de 8,5% do PIB em 2020, ao passo que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) aponta para 8,4% e o Banco de Portugal (BdP) para 8,1%.
As previsões mais pessimistas são as da Comissão Europeia (CE) e Conselho das Finanças Públicas (CFP), que apontam para -9,3%, e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que espera uma contração de 10%.
No quarto trimestre do ano passado, a Católica aponta que "a variação homóloga do PIB deverá ter sido de -9% que corresponde a uma queda de 2,8% em cadeia", uma quebra económica "inferior ao que seria de esperar" e que "esteve associada ao confinamento parcial praticado desde novembro".
"A quebra teria sido ainda pior na ausência das medidas de apoio à economia introduzidas a partir de abril com destaque para os apoios ao emprego em situação de paragem, redução ou retoma de atividade, moratórias de crédito, concessão de novos créditos subsidiados e medidas de estímulo monetário do BCE", consideram ainda os economistas da Universidade católica de Lisboa.
O NECEP assinala que "em geral, a atividade económica está a evoluir de forma muito assimétrica", com a construção, indústria e agricultura "a resistir relativamente bem", o turismo "está a ter perdas muito significativas" e "no comércio a retalho e nos serviços há ainda assimetrias significativas".
"O retalho alimentar, excluindo a restauração, resiste, tal como o retalho de bens tecnológicos. Já o restante retalho, incluindo o vestuário e calçado, ou os serviços de proximidade estão a enfrentar perdas severas, embora não tão pronunciadas como no turismo", pode ler-se no relatório hoje divulgado.
Para 2021, a Católica de Lisboa prevê uma quebra de 2% da economia devido ao novo confinamento, embora num cenário pessimista aponte para 4% de quebra, e num otimista para um crescimento de 3%.
Quanto a 2022 e 2023, "espera-se o regresso ao crescimento, se bem que, na visão do NECEP, menor do que aquele que permitiria, mesmo em 2023, regressar ao nível do PIB do 4.º trimestre de 2019", pode ler-se na nota hoje divulgada.
Assim, "o cenário central para 2022 é de um crescimento de 4,5% por via da baixa probabilidade de confinamento nesse ano, e de 3,5% em 2023, com o PIB a manter-se 3% abaixo do nível de 2019".
Católica estima que PIB tenha contraído 8,4% em 2020
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