Memorando circulou na empresa um dia antes da morte de mais um denunciante. Esta semana, avião da Boeing sofreu acidente.
Scott Stocker, vice-presidente do programa do Boeing 787, afirmou num memorando interno que o funcionário que denunciou problemas com o controlo de qualidade do 787 Dreamliner fez "a coisa certa". O documento, a que o site Business Insider teve acesso, surge depois de duas mortes de denunciantes dos problemas da companhia aérea: Joshua Dean e John Barnett.
Joshua Dean era um antigo auditor de qualidade da Spirit AeroSystems, a fornecedora da Boeing. Morreu a 30 de abril no hospital na sequência de uma infeção. Foi o segundo denunciante da empresa a morrer em dois meses, seguindo-se a John Barnett, engenheiro de controlo de qualidade durante 32 anos. Barnett morreu de ferimentos autoinfligidos, em março.
REUTERS/Umit Bektas
O memorando data de 29 de abril, um dia antes da morte de Dean. Por isso, deve referir-se a John Barnett. "Quero agradecer e elogiar pessoalmente aquele companheiro de equipa por fazer a coisa certa", escreveu Scott Stocker. "É fundamental que cada um de nós fale quando vemos algo que pode não parecer certo ou que precisa de atenção."
Joshua Dean afirmava que a Spirit AeroSystems não cumpria com os requisitos de segurança na produção do Boeing 737 MAX, na fábrica de Wichita, no estado americano do Kansas. Acabou demitido em abril de 2023, de acordo com o The Seattle Times.
O auditor apresentou posteriormente uma reclamação à Administração Federal de Aviação (FAA), responsável por assegurar a segurança nos EUA. Na segunda-feira, 6 de maio, a FAA disse que continua a investigar uma possível falsificação dos registos de segurança do avião em questão.
A Boeing entretanto já veio a confessar que houve de facto um lapso com o fabrico dos aviões 737 MAX. Contudo, na terça-feira, 7, um porta-voz da empresa disse à FAA que o lapso não representaria "um problema imediato de segurança de voo para frota de serviço".
A informação chega num momento tenso para a Boeing. A empresa está agora sob intenso escrutínio, após terem sido registadas repetidas falhas no fabrico dos aviões.
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Esta quarta-feira, 8 de maio, um avião de carga da Boeing operado pela FedEx Airlines registou problemas e aterrou no aeroporto de Istambul sem as rodas da frente. Em janeiro, um 737 MAX 9 da Alaska Airlines perdeu uma secção do avião depois de uma janela explodir durante o voo.
Em março morreu o primeiro denunciante da empresa. John Barnett, de 62 anos, antigo funcionário da Boeing, morreu dias depois de ter começado a prestar depoimento formal contra a empresa. De acordo com o gabinete do médico legista do condado de Charleston, terá morrido "do que parece ser um ferimento autoinfligido por arma de fogo".
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