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António Domingues, o líder da Caixa Geral de Depósitos

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 15 de outubro de 2016 às 08:00

Corta a direito, mas não compra guerras inúteis. Cultiva a disciplina no trabalho e na exposição mediática. É teimoso e duro a negociar - o Governo e Bruxelas que o digam

António Domingues tinha acabado de aceitar o convite de Mário Centeno para ser o próximo presidente da Caixa Geral de Depósitos e deu duas recomendações - para fazer aprovar o plano de recapitalização do banco público era urgente marcar dois encontros: um, em Bruxelas, com os técnicos da poderosa Direcção-Geral da Concorrência (DG Comp); outro, em Frankfurt, com Danièlle Nouy, chefe da supervisão bancária do Banco Central Europeu. Nas Finanças germinava a ideia de começar por reunir com a comissária europeia da Concorrência, mas Domingues aconselhou o oposto. Era melhor começar pelos técnicos da DG Comp do que pela superior hierárquica, explicou - não convinha hostilizar os serviços, centro de poder na burocracia europeia. "Foi uma boa decisão", afirma uma fonte governamental. "Ele percebe facilmente quem são as pessoas centrais num problema."

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