A Trust in News comunicou na sexta-feira o despedimento coletivo dos 80 trabalhadores do grupo, dando seguimento à decisão judicial.
O administrador de insolvência da Trust in News (TiN) pediu ao tribunal a suspensão temporária até o mais tardar 8 de outubro da decisão de encerrar a atividade da empresa, segundo o requerimento a que Lusa teve acesso esta quarta-feira.
Bruno Agostinho / Correio da Manhã
Em 18 de julho, o tribunal decidiu não homologar o plano de recuperação da dona daVisão,entre outros títulos, e determinou a apreensão e liquidação do ativo, bem como o encerramento da atividade.
"Uma das inevitáveis consequências de tal despacho (e face ao encerramento da atividade) passa por efetuar o despedimento coletivo dos trabalhadores da insolvente, cumprindo os prazos de aviso prévio -- o que já foi feito - sendo os trabalhadores livres de prescindir do pré-aviso e saírem no imediato se assim bem o entenderem", refere o administrador de insolvência, André Pais, no requerimento.
Ora, "tal ato permitirá porventura manter uma atividade residual da empresa, trazendo, espera-se, alguma receita até à venda (privilegia-se de momento a venda do estabelecimento em atividade)", prossegue o responsável.
"Motivo pelo qual se requer a suspensão temporária (diferindo-a no limite e o mais tardar para 08.10.2025) da decisão de comunicação oficiosa à Autoridade Tributária da cessação da atividade da insolvente", pede o administrador de insolvência.
André Pais requer ainda, caso se entenda adequado, "a convocação de uma assembleia de credores com o intuito de discutir a posição assumida por alguns credores (nomeadamente, Autoridade Tributária, Instituto da Segurança Social) e um conjunto de trabalhadores", bem como também "a tramitação subsequente associada à liquidação do património da insolvente já apresentada (mas suscetível de poder ser discutida) no plano de liquidação".
A Lusa tentou contactar o administrador de insolvência para obter mais esclarecimentos, mas até ao momento não foi possível.
A Trust in News comunicou na sexta-feira o despedimento coletivo dos 80 trabalhadores do grupo, dando seguimento à decisão judicial.
O acionista único da TiN, Luís Delgado, disse que iria recorrer da decisão de não homologação.
"Se possível, vamos recorrer da decisão da não homologação do plano de insolvência que foi aprovado por 77% dos credores", afirmou à Lusa, em 18 de julho, o gestor.
O plano de insolvência da TiN tinha sido aprovado com 77% dos credores a votar favoravelmente e 23% contra.
Fundada em 2017, a Trust in News é detentora de 16 órgãos de comunicação social, em papel e plataformas digitais, como aExame, Caras,Courrier Internacional,Jornal de Letras,Activa, Telenovelas,TV Mais, entre outros.
Administrador de insolvência pede suspensão até outubro do encerramento da dona da Visão
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