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A história do homem que perdeu (quase) 21 milhões

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 18 de junho de 2023 às 10:00

Um empresário pediu depósitos na Suíça, um gestor do Espírito Santo Privée disse-lhe que aplicações fiduciárias eram o mesmo. Em julho sabe-se se o gestor vai a julgamento.

Receber, de repente, muito dinheiro pode tornar-se uma espécie de problema: onde pô-lo a render em segurança, e com baixo risco, num mundo financeiro a deslizar para uma crise grave? Este foi o dilema com que o empresário Carlos Malveiro se deparou no fim de 2010, depois de vender um grupo de logística e de marketing direto, que era a obra da sua vida. Foi nessa altura que o BES, uma das instituições com que trabalhava, lhe propôs aplicar uma parte substancial do dinheiro na segurança da Suíça. O empresário aceitou e transferiu, em nome de duas empresas que detinha na íntegra, 19,5 milhões de euros em janeiro de 2011 para o Banque Privée Espírito Santo (BPES). A segurança revelaria ser vapor passados três anos.

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