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A história do clã mais poderoso da família Mello

Bruno Faria Lopes , Ana Taborda 09 de junho de 2020 às 00:00

São 12 irmãos e a família inclui 132 pessoas. São discretos e reúnem-se numa quinta no Alentejo. Regem-se por um protocolo secreto para mandar num império que esteve em risco. Mas a venda bilionária da Brisa, em plena pandemia, confirmou a história: este clã dos Mello tem sete vidas.

No início de março a confiança na venda bilionária dera lugar à preocupação no quartel-general do grupo José de Mello, no 6º andar de um prédio com vista aberta para o rio Tejo, em Lisboa. O maior negócio do ano em Portugal, a venda da concessionária Brisa, ainda não tinha passado à fase final quando a pandemia do novo coronavírus paralisou as economias, trazendo incerteza e fazendo colapsar o tráfego nas autoestradas. Com os sinais de recuo por parte de alguns dos cinco compradores que enviaram propostas meses antes - fundos de pensões gigantes, seguradoras e concorrentes da Brisa, todos estrangeiros - por momentos houve quem não acreditasse no fecho do negócio. "Havia a sensação de que os interessados podiam desertar", admite uma fonte do setor financeiro, que acompanhou o processo. Mas nem todos desertaram - e um desconto de milhões no preço aguentou a venda.

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