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Queiroz critica falta de apoio institutional à selecção do Irão

05 de abril de 2016 às 17:02
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Em carta aberta na sua página oficial na rede Facebook, o técnico português, que resignou ao cargo de seleccionador a 14 de Fevereiro, sublinha que "nada mudou para a selecção" do Irão

O treinador português Carlos Queiroz, que está demissionário do cargo de seleccionador do Irão, criticou o facto de ainda se estar a debater a sede e as instalações da selecção, que orienta até ao final de Abril, e a falta de apoio institucional.

 

Em carta aberta na sua página oficial na rede Facebook, publicada esta terça-feira, o técnico português, que resignou ao cargo a 14 de Fevereiro, sublinha que "nada mudou para a selecção, nada está a ser feito pelo seu futuro", mesmo depois de se ter apurado para a segunda fase de qualificação para o Mundial de 2018, na Rússia.

 

"A verdade é que, 150 dias antes de o Irão começar a jogar a qualificação, recebendo o Qatar ou o Iraque, ainda estamos a debater e argumentar sobre as condições e as instalações da selecção", esclareceu.

 

Queiroz constatou, quando se demitiu, que a sua presença estava a ser "um entrave para que cheguem à federação iraniano os recursos básicos necessários à preparação ideal da equipa, os quais já tinham sido acordados".

 

Dear friends, As you all know my letter of resignation as Iran coach was presented on the 14 February. It was...

Publicado por Carlos Queiroz em Terça-feira, 5 de Abril de 2016

Esta terça-feira reavivou essa questão: "As razões [da resignação] são sobejamente conhecidas e exclusivamente relacionadas com as condições de trabalho: promessas permanentemente quebradas, falta de apoio à selecção, aos nossos jogadores, às nossas instalações e à federação, que não eram compatíveis com as nossas ambições para a qualificação".

 

"Estamos a lidar com pessoas que pensam que os outros são realmente estúpidos e que só elas foram abençoadas com cérebro. Mas não somos estúpidos, os jogadores não são estúpidos, nem os adeptos iranianos", afirmou Queiroz.

 

Sem referir o alvo, o treinador português, que abandona o cargo no último dia do mês, assume: "Nestes últimos dias, neste belo país, encontro-me muito triste, não pela minha situação, mas porque nada mudou para a selecção, nada está a ser feito pelo seu futuro".

 

"O passado é a arquitectura do futuro. Mas não podem viver simultaneamente. É altura de escolher entre a estagnação ou a inovação, a inércia ou a aventura, as desculpas ou o sucesso", concluiu.

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