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O que o Euro 2024 nos diz sobre a política

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 21 de junho de 2024 às 17:20

Como nunca foi só um desporto, o futebol – o dos clubes e o das seleções – acaba por ser um reflexo das nossas sociedades. O Euro 2024 está a mostrar-nos alguma coisa sobre a política no continente, incluindo em Portugal.

O croata Zvonimir Boban, alcunhado de "Zorro", foi uma das estrelas do futebol europeu nos anos 90. O médio com grande visão de jogo, duro e elegante ao mesmo tempo, foi das maiores figuras do AC Milan, clube onde ganhou quatro campeonatos e uma Liga dos Campeões, antes de capitanear a Croácia que ficou em terceiro lugar no Mundial de 1998. Mas Boban – que até há meses era o diretor de futebol da UEFA e que se demitiu em protesto contra uma manobra de bastidores do presidente – é conhecido por outra coisa.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.