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Euro 2024: Quanto tempo cabe em 90 minutos?

Vanda Marques
Vanda Marques 24 de junho de 2024 às 12:49

Com uma geração habituada à rapidez, que nem sabe o que é aguentar um anúncio publicitário durante um intervalo, ver um jogo do início ao fim é um exercício que merece investimento. Até se pode ver Ronaldo a oferecer um golo a Bruno Fernandes.

O entusiasmo com que devora resumos de jogos ou passa à frente as repetições das partidas para chegar aos momentos chave, parece tirar um pouco da magia do que se passa dentro das quatro linhas. Aqueles vídeos de YouTube que resumem os 10 golos mais impressionantes de sempre ou os erros mais cómicos são devorados como pipocas. Mas não fica a parecer tudo fácil demais? Com esta geração de miúdos, que adora a rapidez e tem uma tolerância pequena ao tédio, é possível metê-los em frente à televisão e aguentar 90 minutos mais descontos?

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Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.