Triplista, que é campeã europeia da especialidade, fez relato arrepiante.
A espanhola Ana Peleteiro, a atual campeã europeia do triplo salto - e medalha de bronze de Tóquio'2020 -, partilhou esta segunda-feira um relato arrepiante dos momentos que viveu numa relação passada, revelando ter sido vítima de abusos sexuais repetidos. A confissão da triplista de 29 anos, casada com o também atleta Benjamin Compaoré - e que durante vários anos manteve uma relação com Nélson Évora -, foi feita num vídeo na rede social Tik Tok, no âmbito de uma 'trend' que por estes dias está a ser muito utilizada em Espanha, na qual diversas mulheres contam as suas experiências passadas com maus tratos.
"Acordava de noite a ter relações sexuais sem consentimento. E mesmo assim fiquei. Mudou absolutamente tudo em mim, a minha forma de vestir, o cabelo, a forma de ser com a minha família, distanciar-me de muita gente. E mesmo assim fiquei. Dizia-me que a nossa relação se iria deteriorar se não tivéssemos relações sexuais sempre que ele quisesse e que, no final de contas, quem não comia em casa acabava por comer fora. E se me tivesse sido infiel, não me surpreendia nada. Mas mesmo assim fiquei", começou por relatar a atleta espanhola.
"Ia para a casa dele aos fins de semana, desaparecia e, de repente, não sabia de absolutamente nada. E ele durante todo o fim de semana dizia-me, quanto muito, aqui e ali, 'bom dia', e pedir desculpa dizendo que necessitava o seu espaço; que tinha de confiar nele, deixá-lo fazer as suas coisas, porque era normal numa relação. E mesmo assim fiquei. Voltava dessas viagens com chupões no corpo e diziam-me que eram picadas de bichos, ou então do colchão. E mesmo assim fiquei."
"Colocou um ecrã espelhado, que não permitia que visse o telemóvel a não ser que estivesse de frente, porque dizia que não parava de olhar para ele cada vez que escrevia. E mesmo assim fiquei. Tinha amigas novas todos os meses e inventada filmes de que eram amigas de há mil anos. E era mentira. Eram amantes. Cada vez que suspeitava que estava a falar com outra miúda, ou que estava a ponto de descobrir uma infidelidade, dizia-me que estava completamente louca, que eram invenções da minha cabeça."
"Descobri centenas de emails com a sua ex-namorada, onde a deixava louca, dizendo-me que [eu] estava obcecada por ele. E mesmo assim fiquei. Recebia cartas das suas amantes em casa. E muitas vezes era eu quem as recebia e, por desconfiança, lia-as. E ele dizia que eram fãs loucas, que estavam obcecadas com ele. E mesmo assim fiquei".
A fechar, Peleteiro não prosseguiu com o relato, mas deixou um apelo. "Se se identificarem com algum destes sinais, por fora, fujam! Nunca vão ser felizes e estão a causar-vos muito dano. Tentei recorrer a terapia, porque sair de uma relação com um narcisista é muito complicado, já que reduzem o teu amor próprio a um -20, mas com ajuda e pessoas ao redor, que te querem bem e a começar do zero, e viver um amor real, bom e bonito", finalizou.
Ana Peleteiro, refira-se, já tinha denunciado em outras ocasiões alguns episódios de abusos, como em 2023, quando disse ter sidoobrigada por um ex-namorado a deixar de seguir atletas masculinose, também, um ano antes, assumindo numa entrevista que os abusos sexuais de que foi alvo a "afetaram bastante".
Em todos estes relatos, a espanhola em momento algum deixou indicações sobre quem terá sido o autor destes abusos. Neste mesmo vídeo, que pode ver abaixo, deixa apenas a indicação de que "não é muito difícil" saber quem é.
Y aunque parecia imposible consegui salir y ser la mejor fuerte, valiente y feliz que soy hoy en dia ???
Para a ministra do Trabalho, o combate a quem se serve da generosidade da lei podia começar em casa.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"
