Sábado – Pense por si

Ainda bem que Vasco da Gama não se chamava Fernando Santos

Carlos Torres
Carlos Torres 28 de novembro de 2022 às 07:00

O selecionador está sempre a dizer que está no Qatar para ser campeão do mundo. Mas ele diz uma coisa e faz outra (ou pelo menos a equipa comandada por ele). Como é que seria se os portugueses que descobriram o caminho marítimo para a Índia fossem com esse intuito e depois ficassem apenas a andar às voltas com as naus junto ao Cabo da Boa Esperança?

Saindo da Cidade do Cabo, na África do Sul, contorna-se o Cabo da Boa Esperança e segue-se por uma estrada panorâmica 155 km para sul, até ao Cabo Agulhas. Seguindo por um carreiro que sai do farol na direção da escarpa, consegue-se avistar ao mesmo tempo dois oceanos: do lado direito ficam as águas mais revoltas do Atlântico, e à esquerda a calmaria do Índico. Esta zona marca o extremo do continente africano (e não o Cabo da Boa Esperança, como no final do século XV acharam navegadores como Bartolomeu Dias e Vasco da Gama), tornando-se perigosa porque numa área de cerca de 1,2 km de mar (contada desde a costa) juntam-se as correntes quentes do Cabo das Agulhas e as frias vindas de Benguela.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais