Volodymyr Zelensky esteve esta semana em Lisboa, para assinar um acordo de segurança, e esta sexta-feira esteve em Estocolmo. Será esta uma estratégia de adesão à NATO?
Desde o início desta semana que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se tem deslocado a vários países para assinar acordos bilaterais de segurança. Aconteceu, por exemplo, em Espanha (na segunda-feira), na Bélgica e em Portugal (na terça-feira), e esta sexta-feira foi a vez de anunciar que estaria em Estocolmo paraassinar três novos acordoscom a Suécia, Finlândia e Dinamarca.
Fredrik Sandberg/TT News Agency/via REUTERS
Que acordos são estes?
Com os acordos, os signatários comprometem-se a fornecer continuamente apoio militar e económico a Kiev, ao mesmo tempo que enfatizam também a "cooperação na indústria da defesa, inteligência, combate à desinformação e outras áreas".
No encontro com o primeiro-ministro português em São Bento, Luís Montenegro comprometeu-se com o fornecimento de 126 milhões de euros à Ucrânia, e treino de pilotos, para uso de F-16.
Enquanto Espanha anunciou que iria entregar um pacote de amamento de 1,1 milhões de euros, Bélgica garantiu que iria atribuir um pacote de ajuda militar no valor de, pelo menos, 977 milhões de euros ainda no decorrer deste ano.
Quais os países signatários?
Em janeiro, o Reino Unido tornou-se o primeiro país a assinar um dos acordos de segurança com a Ucrânia, por um período de 10 anos. O primeiro-ministro, Rishi Sunak, anunciou em Kiev um aumento do financiamento militar à Ucrânia na ordem dos 2,5 mil milhões de libras (2,9 mil milhões de euros), o que incluia "mais equipamentos de defesa aérea, mais armas antitanque, mais mísseis de longo alcance, mais munições e projéteis de artilharia", além de mais treino militar, especificou Rishi Sunak.
Em fevereiro, foi a vez da Alemanha e da França assinarem os documentos. A Dinamarca, o Canadá, a Itália, os Países Baixos, a Finlândia, a Letónia, a Espanha, a Bélgica e Portugal aderiram posteriormente.
Contam-se 12 os países que até ao momento já assinaram os acordos de segurança, enquanto a guerra russa se vai prolongando.
Será uma estratégia de adesão à NATO?
A vontade ucraniana de adesão à NATO é conhecida, tendo sido aliás um dos motivos alegados pela Rússia para a invasão do território ucraniano, justificando que a sua segurança estava em risco. Em setembro de 2023 houve até uma cimeira na Lituânia, que apesar de ter terminado sem um calendário para a adesão da Ucrânia, a aliança afirmava estar empenhada nesta ideia.
Contudo Kiev garante que estes acordos são meramente compromissos de segurança importantes para o país, e que estes não substituem de forma alguma o seu objetivo estratégico de aderir à NATO.
"Tem havido especulações de que, ao concluirmos um número suficiente destes acordos, não precisamos de ser membros. Falso. Precisamos de ser membros da NATO", disse Ihor Zhovkva, vice-chefe do gabinete do presidente ucraniano.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
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Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"