Investigadores descobriram que estes aparelhos eletrónicos podem afetar a regulação emocional das crianças.
Em casa, na rua ou nos transportes públicos. Ostablets, assim como os telemóveis, têm sido cada vez mais a salvação de muitos pais para acalmar as crianças. Contudo, por mais tentador que seja dar-lhes um ecrã para as mãos, como forma de distração, a verdade é que este comportamento pode resultar em mais episódios de raiva e frustração no futuro, por parte dos mais novos, mostra umnovo estudo publicado na revista científica JAMA Pediatrics.
/iStockphoto
A pesquisa, que ocorreu durante o pico da pandemia da Covid-19, procurou entender como as tecnologias podem estar associadas à desregulação emocional infantil. Analisadas as respostas de 315 pais de crianças em idade pré-escolar na província de Nova Escócia, Canadá, os resultados revelaram que o aumento do uso de tablets entre crianças com 3,5 anos fez com que estas se tornassem mais frustradas e irritadas nos anos posteriores.
"Estes resultados sugerem que a utilização de tablets na primeira infância pode contribuir para um ciclo prejudicial para a regulação emocional", indicou o estudo.
Segundo a investigação, o tempo gasto pelos mais pequenos em frente aos dispositivos móveis aumentou de ano para ano. Em média, as crianças com 3,5 anos utilizavam o tablet durante 55 minutos por dia. Um ano mais tarde, com 4,5 anos, já dispensavam em média 57 minutos do dia. E aos 5,5 anos passavam em média uma hora por dia em frente a estes ecrãs.
"Os anos da idade pré-escolar representam um período sensível para o desenvolvimento de habilidades de regulação emocional", escreveram os autores.
Embora os investigadores ainda não compreendam esta ligação entre a irritabilidade e o tempo de uso destes dispositivos, foram traçadas respostas que podem justificar este comportamento. "As crianças que passam mais horas a utilizar ecrãs podem perder oportunidades de participar em atividades, tais como interações com os prestadores de cuidados ou brincadeiras livres com outras crianças, que são essenciais para treinar e, eventualmente, determinar o [seu próprio] autocontrolo", lê-se no artigo científico.
O estudo revelou que as crianças chegavam a apresentar graves problemas no domínio das explosões de raiva, como consequência do tempo gasto em frente aos ecrãs. Segundo o documento, este indicador é também revelador de possíveis problemas de saúde no futuro. "As crianças que não conseguem desenvolver a capacidade de gerir eficazmente as explosões de raiva e frustração, em particular, são suscetíveis de enfrentar problemas de saúde", indica o estudo.
De acordo com uma pesquisa nos Estados Unidos, atualmente a maioria das crianças com 4 anos já possui o seu próprio telemóvel. Segundo o estudo agora publicado, as crianças mais desafiadoras e menos reguladas tendem a ser expostas mais tempo aos ecrãs pelos pais.
Tendo em conta que os ecrãs estão cada vez mais presentes na vida dos mais pequenos, o estudo sugere assim que os pais sejam sensibilizados sobre o facto do uso de tablets na primeira infância poder prejudicar a capacidade de controlo de raiva e frustração.
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