Testes revelam falta de segurança e a presença de substâncias químicas perigosas.
Estamos a poucos dias do Natal e muitos pais, tios e avós procuram nesta altura do ano brinquedos para os mais pequenos. Só que quando chega o momento de escolher, há que ter em atenção uma série de parâmetros, a começar pela segurança. Nunca o Pai Natal 'comprou' tanto na China e é deste país que provêm a maior parte dos brinquedos contrafeitos que entram na União Europeia.
Brinquedos contrafeitos podem ser perigososAP
A Europol apreendeu, entre 2023 e 2025, 16,6 milhões de embalagens de brinquedos, no valor de 36,8 milhões de euros, segundo um relatório divulgado pelo Jornal de Notícias. Falamos de jogos de tabuleiro, bonecas e até artigos escolares, que podem tornar-se perigosos, não só pelo risco de engasgamento, como também pelas substâncias tóxicas que integram alguns dos seus componentes.
E brinquedos contrafeitos há os que podem ser adquiridos nas lojas, ao virar da esquina, mas também os que são comprados pela Internet, em plataformas como a Shein e a Temu. A DECO analisou, juntamente com outras organizações de consumidores, 162 artigos comprados nestas duas empresas chinesas (não apenas brinquedos) e concluiu que quase 70 por cento não cumprem as normas da União Europeia.
No estudo foram escrutinados 54 brinquedos importados da China e as conclusões são deveras preocupantes, ainda para mais se tivermos em conta que os artigos em análise se destinavam a bebés e crianças pequenas. Peças que se soltam facilmente ou de tamanho inadequado representam um sério risco de asfixia.
Falhas mecânicas detetadas em 30 dos 54 brinquedos testados, segundo o relatório publicado pela Deco:
- Peças pequenas - acabaram por soltar-se nos testes de impacto, apresentando o risco de serem engolidas;
- Formatos incorretos – peças demasiado compridas ou estreitas que podem ferir a criança se esta cair sobre o brinquedo ou se o aproximar da cara e até, eventualmente, o colocar na boca;
- Ventosas soltas – perigo de aspiração por parte da criança;
- Peças pequenas para montar - sem qualquer indicação de que o brinquedo deve ser montado por um adulto;
- Som alto – emissões sonoras elevadas quando se brinca com o brinquedo e sem aviso adequado;
- Brinquedos embalados em sacos de plástico – material demasiado fino que pode cobrir a boca e nariz da criança, com risco de sufocação.
A questão das substâncias químicas nos componentes do brinquedo é outra fonte de preocupação, sobretudo quando falamos de crianças pequenas, que tendem a colocar os brinquedos na boca.
Nos testes realizados alguns revelaram níveis ilegais de químicos. "Foi encontrado formaldeído até cinco vezes acima do limite permitido e nonilfenol etoxilatos com valores quatro vezes superiores ao legalmente estabelecido. Note-se que o formaldeído é classificado como uma substância carcinogénica, enquanto os nonilfenol etoxilatos são disruptores do sistema endócrino", lê-se no relatório.
Os brinquedos a pilhas também reprovaram nos testes. Três deles apresentavam problemas no compartimento das pilhas, deixando-as acessíveis aos menores, com risco de asfixia.
Já ao nível dos rótulos, foi detetada a falta de marcação 'CE' e informações obrigatórias, bem como erros na faixa etária a que se destina o brinquedo.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
São cada vez mais escassas as expectativas de progressão profissional com aumento de rendimentos e melhores condições de trabalho nas presentes condições do mercado laboral.
Estes movimentos, que enchem a boca com “direitos dos trabalhadores” e “luta contra a exploração”, nunca se lembram de mencionar que, nos regimes que idolatram, como Cuba e a Venezuela, fazer greve é tão permitido como fazer uma piada com o ditador de serviço.
Uns pais revoltavam-se porque a greve geral deixou os filhos sem aulas. Outros defendiam que a greve é um direito constitucional. Percebi que estávamos a debater um dos pilares mais sensíveis das democracias modernas: o conflito entre direitos fundamentais.