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Porto: bactérias multiresistentes deixam dez pessoas em isolamento

06 de setembro de 2016 às 11:51
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Não há risco de os doentes morrerem devido a esta infecção, de acordo com a directora clínica do Centro Hospitalar Conde Ferreira

Dez pessoas encontram-se em isolamento no Centro Hospitalar Conde Ferreira, no Porto, devido a bactérias multirresistentes, encontrando-se em isolamento, adiantou hoje à agência Lusa a directora clínica Rosa Gonçalves.

A directora clínica do Centro Hospitalar Conde Ferreira disse que estão em isolamento naquela unidade hospitalar 10 doentes portadores de bactérias multirresistentes, mas que apenas cinco com KPC.

"Temos 10 doentes portadores de bactérias multirresistentes, são portadores, não têm a doença ou a infecção provocadas por ela. Estão isolados porque exigem medidas de controlo de infecção", disse.

O Jornal de Notíciasadiantou na sua edição de hoje que o Centro Hospitalar Conde Ferreira tem 10 doentes - provenientes de outros hospitais com as quais a Santa Casa da Misericórdia do Porto mantém parcerias - isolados devido à bactéria multirresistenteklebsiella pneumoniae (KPC).

A directora clínica, Rosa Gonçalves, esclareceu que a comissão de controlo de infecção do hospital está a acompanhar a situação, salientando que todas as medidas de isolamento de contacto preconizadas pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) estão a ser seguidas.

"As medidas de isolamento de contacto são para impedir a transmissão deste tipo de bactérias, mas quero sublinhar que eles [doentes] são apenas portadores. Nenhum dos doentes está doente por causa da bactéria multirresistente. Não há risco de morrerem por esta infecção. São pura e simplesmente portadores", frisou.

A directora clínica disse que os 10 doentes estão internados no Centro Hospitalar Conde Ferreira, mas lembrou "que a bactéria pode existir em qualquer local".

"Neste momento estão a ser levadas a cabo medidas de isolamento de contacto. Os técnicos têm de ter algum cuidado na higienização dos doentes, não havendo qualquer tipo de necessidade de tratamento", concluiu.

Uma fonte da DGS disse à Lusa que a entidade está a acompanhar a situação.

No ano passado três pessoas morreram no Hospital de Gaia, no Porto, e mais recentemente outras três no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra devido à bactéria multirresistente klebsiella pneumoniae (KPC)