O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, pediu hoje à Inspecção-geral das Actividades em Saúde uma intervenção com carácter de urgência, na sequência de declarações da bastonária dos Enfermeiros sobre a eutanásia no serviço público de saúde.
Miguel A. Lopes/Lusa
"Considerando as declarações proferidas pela senhora bastonária da Ordem dos Enfermeiros sobre alegadas práticas de eutanásia no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o ministro da Saúde solicitou, com carácter de urgência e tendo em vista o cabal esclarecimento dos cidadãos, uma intervenção da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) com vista ao apuramento dos factos", refere o Ministério em comunicado enviado hoje de manhã, reafirmando a "total confiança nas instituições e nos profissionais do SNS.
No sábado, a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, disse no programa Em nome da lei, da Rádio Renascença, que a eutanásia "já é de alguma forma praticada nos hospitais do SNS com médicos que sugerem essa solução para alguns doentes".
"Vivi situações pessoalmente, não preciso de ir buscar outros exemplos. Vi casos em que médicos sugeriram administrar insulina àqueles doentes para lhes provocar um coma insulínico. Não estou a chocar ninguém, porque quem trabalha no SNS sabe que estas coisas acontecem por debaixo do pano, por isso, vamos falar abertamente. Não estou a dizer que as pessoas o fazem, estou a dizer que temos de falar sobre essas situações", concluiu.
A Ordem dos Médicos anunciou hoje que vai apresentar uma participação ao Ministério Público e à Inspecção-Geral das Actividades em Saúde contra a bastonária dos Enfermeiros.
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