Sábado – Pense por si

Médicos dizem que está em risco avaliação do estado de vacinação das crianças

30 de janeiro de 2018 às 20:27
As mais lidas

Denúncia feita pelo presidente da comissão de saúde pública do Sindicato Independente dos Médicos.

Médicos de saúde pública queixam-se de que está suspensa a avaliação do Programa Nacional de Vacinação e que é impossível saber o estado vacinal das crianças devido a erro informático, mas o Ministério da Saúde nega qualquer problema.

Segundo o presidente da comissão de saúde pública do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), "um problema ou buraco informático" dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) está a tornar impossível saber exactamente quantas pessoas estão vacinadas e com que vacinas.

Em declarações à agênciaLusa, Nuno Rodrigues explicou que o programa que desmaterializou os boletins de vacinas tem "um problema grave" que faz com que duas pesquisas sobre o estado vacinal da mesma pessoa dêem resultados diferentes.

Contactada pelaLusa, fonte oficial dos SPMS "nega qualquer falha informática no processo de registo de vacinas em 2017", indicando que o registo foi "fortemente ampliado com registos integrados de vacinas administradas em farmácias e vacinas do viajante".

"Estamos a trabalhar, como habitualmente, com a Direcção-geral da Saúde com vista ao relatório anual, que é realizado durante o primeiro trimestre de cada ano", acrescenta a resposta escrita enviada pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

Mas a questão levou o Sindicato Independente dos Médicos a emitir uma nota no seu site na Internet.

"Não conseguimos perceber qual a informação verdadeira [dada pelo sistema informático]. Só no agrupamento de centros de saúde em que trabalho são cerca de 36 mil crianças e jovens dos quais não conseguimos apurar o estado vacinal", afirmou o médico e dirigente do SIM Nuno Rodrigues àLusa.

O responsável explicou ainda que os médicos fazem uma avaliação regular dos doentes vacinados, que fica assim posta em causa com este problema informático.

No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.