O estudo é da Universidade de Coimbra que garante que os raspadores utilizam os plásticos como superfície para se alimentarem das algas.
Um grupo de invertebrados aquáticos, conhecidos como raspadores, e que estão habituados a rasparem as superfícies aquáticas para retirarem camadas de algas, das quais se alimentam, também utilizam os plásticos como superfície de alimentação. A conclusão é da investigadora Verónica Ferreira, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), que analisou os efeitos da poluição causada pelos macroplásticos nos rios e ribeiros.
Universidade de Coimbra
"Uma vez retido em estruturas internas, (como por exemplo, pedras ou troncos), ou assentado em áreas de deposição, os macroplásticos interagem com a biota [seres vivos] de água doce (…) que podem utilizá-los como habitat ou refúgio, mas também como fonte de alimento – como é o caso dos herbívoros que podem alimentar-se do biofilme [onde as bactérias se acumulam] estabelecido", escreveu Verónica no seu artigo cientifico, que se encontra publicado na revista Environmental Pollution.
Ainda que os outros grupos de seres vivos sejam negativamente afetados pela presença de plásticos no meio aquático, os raspadores são os únicos que aparentemente não sofrem um impacto negativo, e que até tiram proveito da sua presença.
"Apesar da presença dos plásticos nos rios e ribeiros continuar a ser negativa e prejudicial para a maioria dos organismos que ali habitam, alguns grupos conseguem adaptar-se à presença do plástico e tirar partido do mesmo", avançou a investigadora.
Além dos plásticos servirem de superfícies para os raspadores, é aqui que as algas se colonizam - e servem posteriormente de alimento para os invertebrados. O único senão é que quando os macroplásticos entram em contacto com a água podem libertar componentes químicos, que acabam por interferir, por exemplo, com o funcionamento hormonal dos organismos.
Atualmenente os oceanos são o principal campo de estudos para quem aborda a poluição causada por plásticos. O que este estudo vem trazer de novo é o facto de os seus efeitos serem estudados nos rios e ribeiros, que são os grandes transportadores de plásticos para os oceanos.
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