Pouco ainda se fala da aspergilose, fungo que é inalado por todos, mas que só afeta um determinado tipo de pessoas. À SABADO o infecciologista Jaime Nina explica do que se trata.
Ângela Pereira estava a lutar contra um cancro no sangue há três anos. Durante a batalha contra o a doença foi submetida a quimioterapia e a dois transplantes de medula óssea. Depois disso, o seu quadro de saúde evoluiu para aspergilose invasiva. A jovem, de 23 anos, tornou-se conhecida depois de partilhar punlicações nas redes sociais a pedir ajuda para poder chegar à fala com um especialista. Mas acabou por morrer a 25 de dezembro, depois de ter contraído uma pneumonia.
Ângela Pereira foi afetada por aspergilose, uma doença que atinge crianças e jovensHugo Monteiro/Correio da Manhã
O que é a aspergilose?
Segundo explicou à SÁBADO o infecciologista Jaime Nina, a aspergilose "é um fungo filamentoso muito frequente na natureza". Os esporos aspergilosos estão presentes no ar que respiramos. Apesar de serem inalados "todos os dias, (...) raramente provocam doença porque o ser humano tem um mecanismo de defesa que impede que a aspergilose se agrave".
Quais os sintomas associados?
No ser humano, a aspergilose pode provocar sintomas completamente diferentes, dependendo "do órgão atingido", mas tem tratamento. Segundo Jaime Nina, por norma, esta condição afeta mais os pulmões provocando "tosse, falta de ar e tosse com sangue".
Quantas pessoas são afetadas por esta condição?
Apesar de não haver uma fonte fidedigna que indique quantas pessoas são afetadas com esta condição, o site Plataforma Global de Pacientes de Alergia e Vias Aéreas (GAAPP) estima que "3 milhões de pessoas em todo o mundo sejam afetadas pela aspergilose pulmonar crónica".
À SÁBADO Jaime Nina diz que, por ano, recebe "talvez 10 pessoas" no seu gabinete com esta patologia.
Qual a taxa de mortalidade?
Não só o número de pessoas afetadas é difícil de calcular, o mesmo acontece com a taxa de mortalidade. Isto acontece porque "na certidão de óbito consta a principal causa de morte". Isto significa que "se alguém sofrer de fibrose cística e de aspergilose e se a fibrose cística for a principal causa de morte é esta a doença que irá constar na certidão de óbito", apesar do paciente ter comobrbidades como a aspergilose.
Qual a faixa etária que mais sofre desta condição?
Ainda assim, sabe-se que esta condição "afeta principalmente crianças e adolescentes que fazem quimioterapia, transplantes ou que têm dificuldades na higiente respiratório (fibrose cística)", como foi o caso de Ângela Pereira, de 23 anos. Nos mais idosos "aparece devido aos défices de imunidade, porque têm tumores ou porque fazem quimioterapia".
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