Para o próximo ano, a Associação de Médicos Prestadores de Serviço deixou o aviso: “não estaremos disponíveis a permanecer em condições que não se coadunem com a nossa profissão, responsabilidade e espírito de sacrifício”.
A associação que representa os médicos tarefeiros disse esta segunda-feira que as urgências hospitalares só funcionam graças ao trabalho dos prestadores de serviço e considerou que o atual modelo assenta num modelo de “exploração silenciosa”.
Médicos tarefeiros dizem que urgências só funcionam graças ao seu trabalho
Em comunicado, a Associação de Médicos Prestadores de Serviço explicou que são os médicos tarefeiros que garantem “escalas quando mais ninguém está disponível”.
“Somos nós que asseguramos noites, fins de semana, feriados e épocas críticas. Somos nós que mantemos portas abertas durante todo o ano e somos também nós que mantemos o sistema aberto, mesmo quando dá sinais de falha”, acrescentou.
Para a associação criada recentemente, além do aumento das infeções respiratórias sazonais, que faz com que mais pessoas se desloquem às urgências, também o número de profissionais de saúde está reduzido, quer por férias, quer porque os internos do ano comum já terminaram a sua formação e os internos ainda não começaram a sua atividade clínica especializada.
“É neste cenário que fica completamente exposta a realidade que muitos preferem não ver: as urgências hospitalares em Portugal funcionam porque existem médicos prestadores de serviço”, considerou a Associação de Médicos Prestadores de Serviço.
Mesmo perante a sua importância e necessidade, alertou ainda a associação, os médicos tarefeiros não têm direito a férias, tolerância de ponto, nem estabilidade contratual. “O atual modelo assenta numa exploração silenciosa que se tornou normalizada — e isso é inaceitável.”
Para o próximo ano, a Associação de Médicos Prestadores de Serviço deixou o aviso: “não estaremos disponíveis a permanecer em condições que não se coadunem com a nossa profissão, responsabilidade e espírito de sacrifício”.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Em nome de uma suposta “autonomia” das instituições de ensino superior, o Estado criou um regime que, na prática, promove a selva, a mediocridade, o compadrio e, em casos mais graves, a corrupção.
O poder das palavras é superpoderoso. Porém, as palavras, por si só, não têm o poder de fazer acontecer ou organizar a nossa vida, as nossas escolhas ou o nosso tempo.
É de extrema importância munir as nossas cidades com tecnologia de vídeovigilância para a salvaguarda das pessoas e bens, mas Portugal está a ficar para trás face a outros países europeus.