Sábado – Pense por si

A epidemia dos telemóveis nos jovens

Lucília Galha
Lucília Galha 11 de setembro de 2024 às 23:00

São tão aditivos quanto as drogas e os mais jovens são os mais vulneráveis a criar uma dependência – porque não controlam os impulsos. O tempo excessivo no telemóvel ou no computador tem custos: na empatia e na socialização e também na aprendizagem escolar. Mas há forma de evitar que a adição se instale: basta não se tornar um hábito – e impor limites.

O telemóvel é o motivo das discussões em casa. Liliana, 17 anos, está tão dependente daquele aparelho que chega a descurar a própria higiene. “Temos de andar atrás dela e às vezes passa dois dias sem tomar banho ou uma semana sem lavar os dentes”, descreve a mãe, Sílvia Faria. A adolescente passa os dias no quarto a postar vídeos no TikTok ou a conversar com os amigos. Em tempo de aulas torna-se ainda mais complicado, fica até de madrugada e tem de haver uma discussão para parar. Por vezes, é mesmo preciso desligar o quadro da eletricidade. “Mas ela fica muito agressiva, grita, esperneia, faz um filme”, conta a auxiliar que trabalha num lar. Liliana sofre de perturbação de hiperatividade e défice de atenção e uma exposição excessiva aos ecrãs pode ainda exacerbar os sintomas típicos dessa condição.

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