Sábado – Pense por si

Autismo: o que é (mesmo) verdade?

Lucília Galha
Lucília Galha 15 de outubro de 2025 às 23:00

Não se sabe qual é a origem do problema, não há um exame que o possa confirmar, nem tão pouco existe um tratamento. Uma coisa é certa: os culpados não são as vacinas, nem o paracetamol.

Aos 24 meses, o seu filho Bruno deixou de falar. De frases ou palavras como “olá” e “quero mais” passou a usar só sons e a apontar para se fazer entender. A mãe, Vânia Martins, percebeu que o retrocesso não era normal, mas não desconfiou da justificação. Quando ouviu o diagnóstico de autismo na consulta de pediatria do desenvolvimento, em julho de 2020, não quis acreditar. “Fartei-me de chorar”, conta à SÁBADO. Havia mais razões para além do normal desespero de mãe. Primeira: tem um primo autista que é completamente dependente da mãe, e não encontrava no seu filho nada parecido. O Bruno gostava de abraços, olhava nos olhos e não se balançava. Mais: via nele muitas das suas características. “É sensível e assustadiço com os barulhos e estranha texturas diferentes, por exemplo, na comida”, descreve. Estava longe de imaginar que, três anos depois, numa consulta semelhante (desta vez com a sua filha mais velha), receberia a notícia de que não eram só os seus filhos que estavam no espectro - ela própria também.

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