Agência Espacial Europeia está a planear uma reunião interministerial que "provavelmente terá lugar em Portugal", no final deste ano, para preparar a Cimeira Espacial, prevista para 2022.
A Agência Espacial Europeia (ESA) planeia discutir em Portugal, com os estados-membros da União Europeia (UE), as linhas orientadoras sobre o caminho a seguir pelo programa espacial, anunciou hoje o diretor-geral da ESA, Josef Aschbacher.
Soyuz MS-13Reuters
A ESA irá realizar uma reunião interministerial que, disse hoje Josef Aschbacher, "provavelmente terá lugar em Portugal, no final deste ano, em Lisboa ou outra cidade, para preparar a Cimeira Espacial", prevista para 2022.
O diretor-geral da ESA defendeu - durante uma conferência de imprensa virtual, a partir de Paris, onde apresentou as linhas gerais da Agenda 2025 da agência espacial - que "a Europa tem de fazer um debate sério onde quer estar nos próximos 15 anos em termos económicos, de valor e de impacto no espaço" e propôs que essa discussão seja feita "a alto nível, idealmente com os chefes de Estado, para discutir quais são as ambições, as prioridades para a Europa no espaço".
A intenção é que esse "diálogo preparatório" conduza a "recomendações para novas atividades, novos projetos emblemáticos, mas também novas orientações para a Europa no espaço", um "ponto de partida" no processo com vista a definir essas ambições na cimeira de 2022.
Josef Aschbacher sublinhou que o espaço "tem muitas dimensões para servir as pessoas", e defendeu que os países "devem estar interessados no potencial do espaço para a Europa, para as políticas europeias".
"Acredito que a Europa tem de refletir seriamente onde quer estar nos próximos 10 ou 15 anos no espaço", reforçou o responsável da ESA, que afirma ser necessário decidir que investimentos fazer ou se a Europa quer apostar em fazer explorações com "maior visibilidade, como à Lua ou a Marte", sendo que as verbas investidas por países como os Estados Unidos ou a China são muito superiores.
No caso dos Estados Unidos, o investimento em programas espaciais é cinco vezes superior ao da Europa, acentuou Aschbacher.
Para o diretor-geral da ESA, é importante a agência focar-se em aspetos como a parceria e cooperação com as instituições; a negociação com a Financial Framework Partnership Agreement (FFPA), entidade com quem decide o financiamento comunitário, ou acelerar o aumento do investimento, nomeadamente privado, na Europa, para os projetos espaciais.
Aschbacher considerou importante atrair e dar oportunidade a quem tem talento, aceder a verbas para implementar projetos e ter "rapidez na implementação das decisões".
O responsável da ESA referiu que "a agência tem com a NASA uma excelente relação, de confiança e benéfica para ambas".
Questionado sobre a possibilidade de a ESA vir a tornar-se a agência espacial da União Europeia, Josef Aschbacher frisou querer estreitar relações, mas lembrou que "os estados-membros da ESA não são os mesmos estados-membros da UE".
"Podemos implementar os programas da UE, mas isso não quer dizer que a ESA seja uma agência da UE, mas uma agência de implementação do programa espacial da UE. Gostaríamos de trabalhar de forma próxima para implementar os programas espaciais da UE, como uma entidade independente", frisou o diretor-geral.
A Agenda 2025 da Agência Espacial Europeia pretende estabelecer prioridades e objetivos estratégicos para a ESA, como reforçar a relação com a União Europeia, impulsionar a comercialização verde e digital, desenvolver o espaço para a segurança e a proteção, enfrentar os desafios programáticos críticos e implementar a transformação da agência.
Futuro da Europa no espaço poderá ser discutido em Portugal
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