Elon Musk e vários especialistas pedem uma pausa na inteligência artificial
A interrupção seria de pelo menos seis meses para que as capacidades e perigos de sistemas como o Chat GPT-4 possam ser estudados.
Mais de mil especialistas em inteligência artificial juntaram-se num apelo para que haja uma pausa imediata de pelo menos seis meses na criação de inteligência artificial (IA). O que pedem é que nesse tempo sejam estudados os perigos e capacidades de sistemas como o Chat GPT-4.
O apelo é feito através de uma carta aberta assinada por nomes como Elon Musk, que é cofundador do laboratório de investigação responsável pelo Chat GPT e o Chat GPT-4, conhecido como OpenIA, e Steve Worniak, cofundador da Apple. Engenheiros das gigantes tecnológicas como a Microsoft, Meta, Google e Amazon também estão entre os signatários.
"Nos últimos meses, os laboratórios de IA travaram uma corrida para desenvolver e implantar mentes digitais cada vez mais poderosas que ninguém - nem mesmo os seus criadores – conseguem entender, prever ou controlar de uma forma confiável. Sistemas poderosos de IA devem ser desenvolvidos apenas quando estamos confiantes de que os seus efeitos serão positivos", refere a carta.
Os autores da missiva recordam ainda a posição do próprio cofundador da Open IA, Sam Altman, para justificar o apelo. Em fevereiro, Altman escreveu uma publicação onde refere que "em algum momento, pode ser importante obter uma revisão independente antes de começar o treino para sistemas futuros e concordar em limitar a taxa de crescimento da computação usada para criar novos modelos". Assim sendo, os especialistas consideram que foi atingido esse momento: "Nós concordamos. Esse momento é agora".
Se os investigadores não interromperem voluntariamente o seu trabalho em modelos mais avançados do que o GPT-4, os signatários acreditam que "os governos devem intervir".
Desde o lançamento do GPT-4 que a OpenIA tem adicionado recursos ao sistema de inteligência artificial para que este tenha a capacidade de pesquisar dados na internet, planear férias e até fazer as compras online. Nas próximas semanas e meses é ainda esperado que os investigadores descubram novas formas de melhorar as capacidades do programa para que responda a questões cada vez mais difíceis.
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