Criadora do ChatGPT foi idealizada como empresa sem fins lucrativos, mas desde 2019 que recebe apoios da Microsoft.
Elon Musk processou a OpenAI, criadora do ChatGPT, assim como presidente executivo, Sam Altman. O empresário argumenta que foram violados os princípios com os quais concordou, quando ajudou na fundação da empresa, em 2015.
REUTERS/Gonzalo Fuentes//File Photo
O processo apresentado na noite de quinta-feira, 29 de fevereiro, no Tribunal Superior da Califórnia, em São Francisco, afirma que houve um afastamento da missão principal: de desenvolver uma start-up de Inteligência Artificial sem fins lucrativos e de código aberto, e que em vez de "beneficiar a humanidade", como havia sido acordado, concentrou-se em "maximizar os lucros" para o grande investidor da Microsoft.
"Este caso foi aberto para obrigar a OpenAI a aderir ao Acordo de Fundação, e retornar à sua missão de desenvolver a Inteligência Artificial Geral para o benefício da humanidade, não para beneficiar pessoalmente os defensores individuais e a maior empresa de tecnologia do mundo", lê-se no processo.
A OpenAI, que não teria como objetivo arrecadar dinheiro, recebeu em 2019 um apoio inicial da Microsoft num valor de mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros) e na altura foi anunciada uma nova estrutura de "lucro limitado". O investimento, que está agora a ser avaliado pela União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos, aumentou posteriormente para uma parceria plurianual e multibilionária em janeiro de 2023, após o lançamento do ChatGPT.
Criada com o intuito de construir o que atualmente é conhecido como Inteligência Artificial Geral – onde as máquinas desempenham qualquer tarefa que poderia ser realiza pelo ser humano – foi o lançamento do modelo de linguagem GPT-4, produto Microsoft, que "incendiou o acordo da fundação", em 2023.
"A sua tecnologia, incluindo o GPT-4, é de código fechado para servir principalmente os interesses comerciais proprietários da Microsoft", diz ainda o documento, que alega que os detalhes sobre o design do modelo foram mantidos em segredo.
Sam Altman, que já havia sido despedido dastart-upem novembro do ano passado, uma vez que o conselho de administração considerou que "não foi consistentemente honesto nas comunicações", mas que acabou porregressar à Microsoftquatro dias depois, rejeitou as várias alegações feitas. Numa nota disse apenas que "os ataques continuarão a chegar".
Elon Musk, que foi também um dos cofundadores da OpeanAI em 2015, acabou por deixar o conselho de administração em 2018, tendo anunciado a sua saída durante uma reunião. Na altura, justificou que queria concentrar-se nos projetos de Inteligência Artificial da Tesla, empresa de automóveis que dirige.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"