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Zé Pedro: Marcelo lamenta morte de um guerreiro "da vontade de viver"

30 de novembro de 2017 às 19:31
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Presidente recordou o papel do guitarrista para o início do movimento punk em Portugal e para a fundação dos Xutos & Pontapés.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou o seu pesar pela morte do guitarrista dos Xutos & Pontapés, Zé Pedro, que classificou como um "guerreiro da alegria" e "da vontade de viver".

"Era um guerreiro da alegria, da vontade de viver, de superar dificuldades, de nunca desistir. Chegou cedo demais o descanso deste guerreiro, que certamente não será esquecido por tantos e tantos amigos que deixou", escreveu o chefe de Estado, numa mensagem colocada no site da Presidência da República.

Depois de manifestar o seu pesar a "toda a família e amigos do Zé Pedro", lembrando que o músico "era assim afectuosamente tratado por todos os portugueses", Marcelo recorda que "os seus primeiros passos na música coincidiram com o despertar do País para o movimento punk, tendo mais tarde fundado uma das maiores bandas de rock de Portugal, e sobretudo uma das que mais tempo sobreviveu e acompanhou várias gerações".

O guitarrista dos Xutos & Pontapés morreu esta sexta-feira, em Lisboa, aos 61 anos.

Zé Pedro estava doente há vários meses, mas a situação foi sempre mantida de forma discreta pelo grupo, tendo só sido assumida publicamente em Novembro, a propósito do concerto de fim de digressão dos Xutos & Pontapés, no Coliseu de Lisboa.

José Pedro Amaro dos Santos Reis nasceu em Lisboa, em 14 de Setembro de 1956, numa família de sete irmãos, "com um pai militar, não autoritário, e uma mãe militante-dos-valores-familiares", como recordou num dos capítulos da biografia "Não sou o único" (2007), escrita pela irmã, Helena Reis.

No final na década de 1970, Zé Pedro, com Zé Leonel e Paulo Borges, decidiu criar uma banda, baptizada Delirium Tremens. Passou depois a chamar-se Xutos & Pontapés, com a entrada de Kalú e de Tim para o lugar de Paulo Borges. O primeiro concerto da banda realizou-se há 38 anos, em 13 de janeiro de 1979, nos Alunos de Apolo, em Lisboa.

Editorial

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