Jasveen Sangha, de 41 anos, está detida sem possibilidade de fiança até ao julgamento marcado para outubro. Influencer nas redes sociais, a britânico-americana vivia uma vida de luxo, segundo as autoridades à conta do negócio da venda de drogas.
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Apelidada de "Rainha da Cetamina" pelos procuradores dos EUA, Jasveen Sangha é uma alegada traficante de droga acusada de ser uma das cinco pessoas que forneciam cetamina a Matthew Perry, ator de Friends, explorando o seu vício em drogas para obter lucro, o que terá levado à sua morte por overdose.
Jasveen Sangha enfrenta nove acusações, incluindo de conspiração para distribuir cetamina e distribuição de cetamina, resultando em morte. Declarou-se inocente na quinta-feira, quando foi presente a juiz. O seu pedido de fiança foi negado pelas autoridades dos EUA, e permanecerá sob custódia até ao julgamento em outubro.
A acusação alega que a distribuição de cetamina por Sangha em outubro de 2023 causou a morte de Perry. Segundo os documentos do tribunal citados por vários meios dos EUA, a britânico-americana com raízes indianas terá vendido 50 frascos de cetamina ao ator de Friends por 11 mil dólares (cerca de 10 mil euros), incluindo aqueles que levaram à sua morte.
A cetamina é um anestésico dissociativo com efeitos alucinogénicos, segundo a Agência de Combate às Drogas (DEA) dos EUA. Pode distorcer a perceção visual e auditiva, fazendo com que o utilizador se sinta desconectado e fora de controlo. Normalmente, é utilizada como anestésico injetável em humanos e animais, pois faz com que os pacientes se sintam desligados da dor e do ambiente que os rodeia. Os investigadores afirmam que esta substância deve ser administrada apenas por um médico, e que os pacientes que a recebem devem ser monitorizados devido aos seus potenciais efeitos nocivos.
A "Rainha da Cetamina" é acusada de fornecer esta e outras substâncias a partir da sua casa em North Hollywood, que as autoridades apelidaram também de "Sangha Stash House" ("O esconderijo de Sangha", em português), pelo menos desde 2019. Esta residência era, segundo Martin Estrada, procurador dos EUA para o Distrito Central da Califórnia, um verdadeiro "império de venda de drogas".
Numa busca realizada à casa, em março deste ano, foram alegadamente encontrados mais de 80 frascos de cetamina e milhares de comprimidos, incluindo anfetaminas, cocaína e Xanax. Sangha embalava e distribuía as drogas a partir da sua casa. Ela "só lida com pessoas de classe alta e celebridades", terá dito Erik Fleming, também indiciado no caso. Ao mesmo tempo, levava uma vida de luxo, que partilhava frequentemente nas redes sociais, e segundo um amigo, chegou a estar presente em eventos como os Globos de Ouro e os Óscares.
Aos 41 anos, Jasveen Sangha coleciona seguidores nas várias plataformas das redes sociais. Apresentava-se como uma orgulhosa descendente indiana, tendo dupla nacionalidade: britânica e norte-americana. Manteve em segredo a identidade dos pais e do marido, bem como a sua formação académica, referindo num dos seus vídeos no YouTube, em resposta a um dos seus seguidores, que tinha "formação de base em ciências".
Nas redes sociais, mostrava ainda as suas luxuosas deslocações ao México, Espanha, Itália, Japão, Dubai ou França. Conduzia um Range Rover, que depois trocou por um BMW de 2024, ambos em regime de leasing, e a casa onde vivia era arrendada por milhares de dólares mensais, descreveram as autoridades, em conferência de imprensa.
Jasveen Sangha também mostrava fotografias suas com celebridades, muitas delas conhecidas pelos seus problemas de consumos, como Charlie Sheen. E apesar das suspeitas que recaíam sobre si, a influencer parecia levar uma vida sem preocupações, mantendo a vida normal entre festas e tratamentos com botox, como descrevem os amigos ao New York Post.
Depois da morte de Matthew Perry, a alegada traficante terá enviado uma mensagem ao intermediário da venda das doses de cetamina ao ator, Erik Fleming, onde dizia: "Apaga todas as nossas mensagens". Enfrenta agora uma pena que pode ir de 10 anos de prisão, numa cadeia federal, até prisão perpétua.
As autoridades referiram ainda que Jasveen Sangha é também suspeita de ser a responsável pela morte de outra pessoa, em 2019, na sequência do uso de cetamina. Um dos irmãos de Cody McLaury mandou-lhe uma mensagem na época onde dizia: "A cetamina que vendeste ao meu irmão, matou-o. Está escrito nas causas da sua morte." Dias depois, Sangha terá pesquisado online: "Pode a cetamina ser listada como a causa de morte?", revelaram os investigadores do caso, citados pela BBC.
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