Sábado – Pense por si

Presas em terra de ninguém

SÁBADO
SÁBADO 04 de novembro de 2019 às 12:31

Há quatro mulheres com documentos portugueses em campos na Síria. Outras sete foram casadas com jihadistas lusos. Juntas tomam conta de mais 20 crianças com direito à nacionalidade portuguesa.

"Alhamdulillah, cheguei em segurança ao Shaam. Irmãs, não hesitem. Sinto-me tão bem em casa. In Shaa Allah, Alá irá reunir-nos a todos em breve." Estávamos em agosto de 2014. E foi com estas quatro simples frases que Ângela Barreto anunciou à família e aos amigos, através da sua página no Facebook, aquilo que, durante meses, tinha organizado em segredo: a viagem para a Síria para ir viver sob o jugo do autoproclamado Estado Islâmico (EI). Os preparativos também tinham sido feitos online. Foi aí, na Internet, que conheceu o jihadista português Fábio Poças, com quem viria a casar em Raqqa, a chamada capital do grupo terrorista.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.