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Os algoritmos que o fazem pagar mais por quase tudo na Internet

Marco Alves
Marco Alves 06 de agosto de 2017 às 11:00

É a média no site da Amazon. Se tiver um Macintosh, em vez de um PC, os sites também lhe vão sugerir produtos mais caros. As variações chegam aos 166%

Imagine que está em Roma e decide fazer uma pesquisa de um voo para São Paulo no site da TAP. Ao mesmo tempo, outra pessoa no Luxemburgo simula uma viagem igual. É bastante provável que esta última acabe a pagar mais pelo bilhete. A razão é simples: através do IP (espécie de cartão do cidadão de cada computador), o algoritmo da TAP sabe onde é que cada pessoa está a aceder ao site e cruza essa informação com outros dados. Por exemplo, a TAP sabe que há mais pessoas em Itália a viajarem para o Brasil do que no Luxemburgo. Menos oferta, preços mais altos. É a clássica lei da oferta e da procura aplicada ao comércio electrónico.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.