Sábado – Pense por si

O crítico sugere 6 novos livros escritos por mulheres

Eduardo Pitta 18 de dezembro de 2020 às 10:00

Há autoras a descobrir: duas francesas em registo autobiográfico, a história de Agustina, uma fantasia argentina, uma fábula sobre solidão e uma imigrante que escapa aos clichés.

À beira de completar 48 anos, a francesa Vanessa Springora (n. 1972), editora da Julliard, publicouConsentimento, primeiro e único livro que escreveu, logo premiado com o prémio Jean-Jacques Rousseau para literatura autobiográfica. A onda de choque atingiu os leitores não familiarizados com os interditos do demi-monde, mas não surpreendeu o meio literário. Poucos ignoram que Gabriel Matzneff gosta de rapariguinhas (e rapazinhos), preferência documentada ao longo da obra, razão pela qual as revelações de Springora acrescentam pouco. Perturba descobrir os detalhes da intensa ligação sexual (consentida) que os uniu, ela com 14 anos, ele com 49, mas literatura não é sinónimo de moral. Além do prémio, Consentimento vendeu cerca de 100 mil exemplares.

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