O Prémio Nobel da Literatura foi atribuído a Annie Ernaux, de 82 anos.
A Academia Sueca elogia a "coragem e acuidade clínica com a qual destapa as raízes dos constrangimentos e restrições da memória pessoal". O porta-voz sublinhou ainda a forma como "constantemente e a partir de diferentes ângulos" a autora "examinou a vida marcada por disparidades fortes relativamente ao género, língua e classe".
Uma das suas obras mais marcantes é O Acontecimento, um livro que versa sobre um aborto clandestino. É uma novela assumidamente autobiográfica, como acontece com grande parte da obra da autora. Também Os Anosforam descritos por Ernaux como uma "autobiografia impessoal".
Em Portugal estão disponíveis as obrasO Acontecimento,Uma Paixão SimpleseOs Anos, editados pela chancela Livros do Brasil, da Porto Editora.
O vencedor do ano passado foi Abdulrazak Gurnah, pelos seus trabalhos relativos ao "colonialismo e ao destino dos refugiados".
Desde que o prémio foi fundado, em 1901, já houve 114 laureados, 16 dos quais mulheres.