A antiga atriz francesa Brigitte Bardot morreu, aos 91 anos. A notícia foi avançada pela sua fundação, este domingo. "Com imensa tristeza, a Fundação Brigitte Bardot anuncia a morte de sua fundadora e presidente, Madame Brigitte Bardot, atriz e cantora de renome mundial, que escolheu abandonar sua prestigiada carreira para dedicar sua vida e sua energia à defesa dos animais e à sua fundação”, pode ler-se no comunicado enviado à agência AFP.
Considerada um dos maiores símbolos sexuais das décadas de 1950 e 1960, Bardot saltou para a ribalta em 1957 com o polémico filme 'E Deus criou a Mulher', do seu primeiro marido, Roger Vadim, que foi censurado em muitos países mas que a levou a um nível de fama nunca antes visto por uma atriz de língua estrangeira fora de Hollywood.
"Um corpo selvagem, animalesco e livre explode na tela ", escreveu o crítico Jean Douchet. "Ele subverte e revoluciona os costumes sociais em França e no mundo todo."
A revolução Bardot acabava de começar, uma revolução da qual nasceria um verdadeiro mito, dando origem nos Estados Unidos à 'Bardot mania', muito marcada pelos seus longos cabelos loiros, um corpo escultural e um estilo de vestir que influenciou a moda e o comportamento de gerações.
Descrita como “a mulher que inventou Saint-Tropez”, a atriz tornou-se num ícone da liberdade sexual feminina, desafiando padrões conservadores e provocando escândalos por onde passava. O Vaticano chegou a classificá-la como uma "má influência".
Bardot não ganhou prémios importantes do cinema ao logo da carreira, a não ser um 'David di Donatello' em 1961 e uma nomeação para um Bafta em 1967. Atuou em mais de 45 filmes e gravou 70 músicas, tornando-se uma referência estética e cultural. Criou a 'pose Bardot', sentada, de pernas cruzadas e olhar provocante, popularizando o decote ombro a ombro, que até ostenta o seu nome.
Depois de encerrar a carreira em 1974, aos 40 anos, a francesa - que casou quatro vezes e tem um filho - passou a dedicar-se à defesa dos direitos dos animais, liderando campanhas internacionais, tendo até criado uma fundação com esse propósito em 1986.
Na década de 1990 e princípio dos anos 2000 Brigitte Bardot enfrentou uma série de processos e condenações na justiça francesa pela sua oposição ao Islão em França e por alegados sacrifícios de animais em rituais.
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