Sábado – Pense por si

Lagos e as praias-poema de Sophia

Joana Emídio Marques 09 de junho de 2021 às 08:00

Sophia de Mello Breyner descobriu Lagos nos anos 60. A luz, as casas brancas, as praias, a brisa, as grutas amarelas, os peixes azuis foram uma paixão que durou décadas e ficou incrustrada em poemas. Conheça a Costa D’Oiro da poeta.

Em 1944, quando escreveu o famoso poema "no fundo do mar/ há brancos pavores/ onde as plantas são animais/ e os animais são flores (…)" Sophia de Mello Breyner Andresen [1919-2004], estava longe de imaginar que um dia iria reencontrar esse mesmo fundo do mar, nas águas tranquilas e transparentes da então vila de Lagos. Na verdade só a descobriu no início da década de 60, mas a paixão pela costa onde as rochas de calcário amarelo, as grutas escavadas pela água e o vento se erguem como sonhos surrealistas entre as coisas visíveis havia de lhe durar o resto da vida.

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