Investigação SÁBADO. Viver no campo sem poder abrir as janelas

Cláudia Rosenbusch 17 de fevereiro

O pó é tanto que os moradores não podem estar na rua, nem estender a roupa. Empresa de cortiça de Palmela é acusada de trabalhar a céu aberto e de, ao longo dos anos, ter aumentado a dimensão da fábrica até chegar à porta dos vizinhos.

Filipa Esteves conduz-nos pela Rua dos Brejos, na freguesia de Pinhal Novo, concelho de Palmela. É uma zona de “quintinhas de 5 mil metros quadrados”, onde os filhos não conseguem hoje brincar no exterior. A viagem é interrompida por um súbito pé no travão. “Olha, a poeirada! Vê-se a crivagem que eles fazem da cortiça. O pó solta-se e vê-se as partículas. Ai, já levei com granulado nos olhos!”, queixa-se, enquanto se apressa a fechar o vidro do carro.

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