A diretora do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses faz questão de continuar a trabalhar como perita. Integra o primeiro estudo forense de um Rei português, D. Dinis, e vê o seu trabalho como uma missão.
Tal como um cirurgião perde a mão se não operar, também um antropólogo forense é prejudicado se não analisar corpos. Eugénia Cunha é uma das maiores especialistas na área, distinguida até pela Academia Americana de Ciências Forenses, e começou a trabalhar como perita no Instituto de Medicina Legal em 1997. Além disso, é professora universitária em Coimbra e faz parte da equipa que analisou o túmulo do Rei D. Dinis. Conta que o monarca morreu com todos os dentes, mas ainda não há certeza a 100% que fosse ruivo. As conclusões do estudo que incluiu várias equipas e especialistas vão ser apresentadas este ano. Eugénia Cunha e a sua equipa fizeram análises morfológicas externas, químicas e toxicológicas e submeteram os restos mortais do monarca a raios-x e TAC. A antropóloga explica que o seu trabalho é ler os ossos e que aí se encontram muitas respostas. Já esteve envolvida em projetos tão diferentes como analisar os combatentes de Aljubarrota, guerreiros medievais que foram castigados com a amputação de pés e mãos, ou projetos mais recentes, como em Angola, sobre o massacre de 27 de maio.
Eugénia Cunha: “D. Dinis não tinha fraturas evidentes, nem mesmo da luta com o urso”
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Esta semana, a Rússia apresentou o seu primeiro robô humanoide. Hesitamos entre pensar se aquilo que vimos é puro humor ou tragédia absoluta. É do domínio do absurdo, parece-me, querer construir uma máquina antropomórfica para esta fazer algo que biliões de humanos fazem um bilião de vezes melhor.