Sábado – Pense por si

Edie Sedgwick, a musa problemática de Andy Warhol

Ana Taborda
Ana Taborda 15 de agosto de 2022 às 10:00

Criada num rancho isolado, assistiu às traições do pai, foi medicada muito cedo, desenvolveu uma bulimia grave e incendiou dois quartos antes de morrer – de overdose.

Tinha tudo para ser uma entrada muito pouco triunfal. Ele chegou com um velho casaco de smoking (sujo), as calças que usava para pintar (cheias de nódoas), uns sapatos caríssimos (igualmente sujos), e uma peruca cinzenta. Ela vestia uma espécie de pijama lavanda, tinha o cabelo com madeixas prateadas e uns brincos enormes, falsos. Andy Warhol e Edie Sedgwick eram provavelmente o par mais excêntrico na inauguração da exposição Three Centuries of American Painting, em abril de 1965, no MoMA, o mais importante museu americano, descreve Alice Sedgwick Wohl, irmã de Edie. Mas a partir desse momento a imprensa nunca mais os largou. “Chamaram mais a atenção do que a primeira-dama americana, Lady Bird Johnson, que era convidada de honra e patrocinadora da exposição”, acrescenta Alice, 90 anos, sentada na sua casa em Portugal, nos arredores de Sintra.

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