Sábado – Pense por si

Crónica: Falar do Zé Pedro hoje não é fácil, porque não é fácil o amor

Diogo Barreto
Diogo Barreto 02 de dezembro de 2017 às 08:36

"No percurso errámos muito, mas amámos ainda mais", escreve Ana Cristina Ferrão, viúva de António Sérgio, numa crónica de homenagem ao amigo e vizinho cuja carreira acompanhou desde o início.

Conhecemo-nos na recepção da Rádio Comercial, já passava da meia-noite algures no Inverno de 1980. O motivo da visita seria recorrente: trazer uma k7 para o António Sérgio ouvir e falar da música nova que arrebitava as orelhas a ambos. Um rapaz tranquilo, de discurso articulado e olhar que se enchia de emoção quando falava dos projetos para o futuro: ter uma banda de rock'n'roll. O modo como se vestia sobressaia da mediania cinzenta e formatada que habitava o Portugal da época: ténis, jeans, t-shirt, casaco e muitas "badges", ali não destoava porque àquela hora na Rádio, quase vazia, estávamos em maioria. 

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