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Crítica ao filme em estreia no cinema Ideal: Uma Vida Alemã

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos 14 de junho de 2020 às 08:00

O que deste deste documentário que volta a expor a malignidade do regime de Hitler, com a secretária de Goebbels na primeira pessoa

Se uma vasta maioria de documentários sofre do vício a que se convencionou chamar "talking heads" ("cabeças falantes", ou depoimentos testemunhais registados pela câmara) cuja supremacia descritiva amplia a ausência de um olhar que qualquer trabalho audiovisual exige,Uma Vida Alemã padece à primeira vista (e audição) desse excesso: 90% deste documentário biográfico produzido em 2016, agora em estreia portuguesa, é uma transcrição editada do autorretrato dos 104 anos de vida – morreria meses depois, a 27 de Janeiro de 2017 – da germânica Brunhilde Pomsel, secretária pessoal de Joseph Goebbels a partir de 1942 e até ao suicídio deste no bunker de Berlim, onde o que restava da elite nazi – incluindo Hitler – se refugiara do avanço das tropas soviéticas.

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