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Comissão aconselha europeus a ter kit de emergência que dure pelo menos 72 horas

Gabriela Ângelo
Gabriela Ângelo 26 de março de 2025 às 19:03
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A Estratégia de Preparação da União foi anunciada esta terça-feira e tem como objetivo garantir a segurança dos cidadãos dos Estados-membros na possibilidade de conflitos ou outras ameaças.

A União Europeia (UE) quer que os seus cidadãos estejam preparados para uma eventual emergência com um kit de sobrevivência que dure pelo menos 72 horas (três dias). O alerta faz parte da Estratégia de Preparação da União que foi apresentada esta terça-feira pela Comissão Europeia e visa "prevenir e responder a ameaças emergentes", quer sejam conflitos e guerras ou desastres naturais como terramotos ou incêndios. 

REUTERS/Nacho Doce

Segundo uma análise do documento da Comissão Europeia feita pelo El País é recomendado que os europeus tenham em casa alguns bens fundamentais como água engarrafada, alimentos enlatados ou com uma data de validade extensa, medicamentos, lanternas, pilhas e uma forma de obter informações como, por exemplo, um pequeno rádio a pilhas. 

Hadja Lahbib, a comissária europeia responsável pela gestão e preparação de crises, afirmou que as preocupações diferem de país para país, mas que todos os cidadãos devem fazer um esforço para estarem preparados para qualquer emergência. 

A Estratégia inclui 30 pontos e objetivos, assim como um plano de ação de forma a criar uma "cultura de preparação". Para além do kit de emergência, este plano procura integrar aulas de preparação nos currículos escolares e introduzir um "Dia Europeu da Preparação". Nos hospitais, escolas, transportes e telecomunicações é esperado que haja planos mínimos de preparação para que possam ser garantidos à população em momentos de crise. 

A Comissão apela ainda que haja um aumento das reservas de bens essenciais como vacinas, medicamentos e equipamento médico e de equipamento energético, e que se realizem regularmente exercícios de preparação, envolvendo as forças armadas, a proteção civil, a polícia e os profissionais de saúde e bombeiros. 

"As famílias que vivem em zonas propícias a inundações devem saber o que fazer quando as águas subirem. Os sistemas de alerta precoce podem evitar que as regiões afetadas por incêndios florestais percam tempo precioso", afirmou a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, numa declaração. 

Este movimento de preparação inspira-se nos exemplos dos países nórdicos como a Suécia, a Finlândia e a Dinamarca que nos últimos tempos têm intensificado os seus esforços de preparação para a possibilidade de um conflito ou uma crise. 

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