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Camas, cartas e telefones: como aprendemos a ter privacidade

Susana Lúcio
Susana Lúcio 13 de outubro de 2019 às 19:23

Estar só num espaço privado foi quase impossível durante séculos, para ricos ou para pobres. De banhos partilhados a casas com animais. Os livros vieram salvar tudo.

Todos os dias, ao longo dos seus 72 anos de reinado, Luís XIV de França acordou e deitou-se perante quase todos os homens da corte. De manhã, pelas 8h30, o monarca, que reinou entre 1643 e 1715, era acordado pelo criado. Depois de ser observado pelo médico e pelo cirurgião, as grandes portas douradas da câmara real no Palácio de Versalhes eram abertas e cerca de uma centena de aristocratas entrava e assistia enquanto o chamado Rei-Sol era lavado, barbeado e vestido. O ritual repetia-se ao deitar e o monarca tinha poucos momentos de privacidade ao longo do dia.

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