Sábado – Pense por si

Camas, cartas e telefones: como aprendemos a ter privacidade

Susana Lúcio
Susana Lúcio 13 de outubro de 2019 às 19:23

Estar só num espaço privado foi quase impossível durante séculos, para ricos ou para pobres. De banhos partilhados a casas com animais. Os livros vieram salvar tudo.

Todos os dias, ao longo dos seus 72 anos de reinado, Luís XIV de França acordou e deitou-se perante quase todos os homens da corte. De manhã, pelas 8h30, o monarca, que reinou entre 1643 e 1715, era acordado pelo criado. Depois de ser observado pelo médico e pelo cirurgião, as grandes portas douradas da câmara real no Palácio de Versalhes eram abertas e cerca de uma centena de aristocratas entrava e assistia enquanto o chamado Rei-Sol era lavado, barbeado e vestido. O ritual repetia-se ao deitar e o monarca tinha poucos momentos de privacidade ao longo do dia.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.

Gentalha

Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.