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Bryan leva cães sem abrigo numa mochila a passear por Nova Iorque: o objetivo é promover a adoção

Voluntário resgatou 11 cães das ruas, colocou-os em mochilas e levou-os a passear por Nova Iorque. Resultado? Dez deles foram adotados.

Uma vez por semana o voluntário Bryan Reisberg retira um cão do canil, coloca-os numa mochila com a inscrição "adote-me" e leva-os para o metro para depois passearem por Nova Iorque. O objetivo? É que as pessoas vejam os cães e os adotem.

Bryan Reisberg
Bryan Reisberg Instagram/madmax_fluffyroad

Foi o que aconteceu com Bertha, uma cadela que foi encontrada nas ruas em outubro e que foi acolhida pelo Animal Care Centers de Nova Iorque, que recentemente deu um longo passeio por Nova Iorque. Apesar de ter tido uma vida difícil, naquele dia parecia radiante: foram várias as pessoas que passaram por ela e a acariciaram, e pelo meio teve ainda direito a escolher um novo brinquedo. Poucos dias depois, este longo passeio resultou na sua adoção.

“É incrível poder ver que estamos a melhorar a vida de outra pessoa e a vida de um cão porque dedicámos algumas horas a criar conteúdo”, disse Reisberg citado pelo jornal . “É muito gratificante.”

Até ao momento, o voluntário, que tem 1,4 milhões de seguidores no Instagram, já fez esta experiência com 11 cães. Dez deles acabaram por ser adotados após Reisberg ter publicado vídeos dos mesmos nas suas redes sociais. "O objetivo principal de cada vídeo é conseguir que esses cães sejam adotados", disse ao acrescentar que o único cão que não foi adotado tinha um problema de saúde que precisava de ser resolvido.

Para cada vídeo, Reisberg escreve uma legenda divertida. No caso de Bertha, escreveu que ela gosta de "beijos, mais beijos, brinquedos específicos, cachorros quentes, passeios de metro, fazer amigos, ser abraçada". "Já mencionei que ela adora dar beijos?", brincou. A única coisa que Bertha não gosta, segundo a mesma publicação, é de "certos animais de peluche".

Esta não é a primeira vez que Reisberg cria este tipo de conteúdos para as redes sociais. Tudo começou em 2015, quando o voluntário começou a partilhar vídeos diários dos passeios que dava com a sua própria cadela, uma corgi chamada Maxine. À semelhança dos cães que estão para a adoção, também ela tinha direito a dar longos passeios por Nova Iorque: isso fez com que os vídeos de Reisberg  viralizassem rapidamente. "Ela era conhecida como a 'cadela da mochila' em todo o mundo. Foi uma loucura", lembrou Reisberg.

Reisberg trabalhava numa produtora e como ele e a sua mulher não queriam deixar a cadela sozinha em casa o dia todo, Reisberg fazia questão de a levar para o trabalho. A particularidade é que ia numa mochila - chamando assim a atenção dos passageiros do metro que por ela passavam.

"Ela tinha sempre um sorriso no rosto. As pessoas estavam meio tristes, de cabeça baixa, e quando viam um cão fofinho acordavam", recordou o voluntário.

Reisberg acabou por deixar o seu emprego em 2020 para criar uma linha de mochila para cães, e em 2021 lançou a Little Chonk que fabrica equipamentos e acessórios para animais de estimação. Foi só no início deste ano que um amigo sugeriu que ele usasse as redes sociais da Maxine para promover a adoção de cães sem abrigo. Começou a fazê-lo durante o verão.

Nos últimos seis meses, “vimos cerca de 100 cães a mais a serem adotados em comparação com o ano passado. Isso mudou completamente o jogo para nós. Atribuímos a maior parte [desse cenário] a ele e ao poder da sua presença nas redes sociais e à forma como ele está a mostrar os cães", confessou Julie Castle, CEO da Best Friends Animal Society.

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