Está representada em museus como o Prado, a National Gallery ou os Uffizi, mas, ainda hoje, Artemisia Gentileschi é mais conhecida pela violação de que foi vítima na juventude, do que pela qualidade da sua obra. Disponível na plataforma de streaming Filmin, o documentário de Jordan River, Artemisia, pintora guerreira, propõe-se mostrar que a artista italiana foi muito mais do que uma vítima.
"Onome de uma mulher levanta dúvidas até que o seu trabalho fale por si", escreveu, em meados do século XVII, Artemisia Gentileschi, quando, ao serviço dos grandes mecenas da Europa de então, já pintara alguns dos seus quadros mais impressionantes. Contemporânea de Caravaggio (com quem os historiadores de arte a equiparam frequentemente, quer pela escolha dos temas, quer pela proximidade das técnicas), trabalhou às ordens do Grão-Duque da Toscânia, dos reis Filipe IV de Espanha e Carlos I de Inglaterra, mas a posterioridade conhece-a mais pela violação de que foi vítima aos 18 anos, e pelo processo judicial que se seguiu ao crime, do que pela importância da sua obra pictórica.
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Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.
Identificar todas as causas do grave acidente ocorrido no Ascensor da Glória, em Lisboa, na passada semana, é umas das melhores homenagens que podem ser feitas às vítimas.
O poder instituído terá ainda os seus devotos, mas o desastre na Calçada da Glória, terá reforçado, entretanto, a subversiva convicção de que, entre nós, lisboetas, demais compatriotas ou estrangeiros não têm nem como, nem em quem se fiar