A socióloga da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica fala do relatório que revelou os números sobre os abusos sexuais praticados por entidades da Igreja em Portugal, e das mais recentes reações da mesma quanto à “famosa lista” [de nomes dos alegados abusadores].
Ana Nunes de Almeida, socióloga e investigadora, fez parte da equipa que trouxe para a luz do dia o relatório mais completo, até hoje, dos abusos sexuais praticados pela Igreja Católica em Portugal. Ao longo de quase 500 páginas de análise, 365 chamadas telefónicas depois, centenas de testemunhos virtuais e presenciais, pesquisa histórica e enquadramento sociológico entre 1950 e 2022, as estatísticas no relatório "Dar Voz ao Silêncio" deixam a Igreja Católica portuguesa numa situação de beco sem saída – ou pelo menos com urgência de resposta e resolução.
João Cortesão/Máxima
À revistaMáxima, a socióloga narra os meses intensos deste levantamento, mas não deixa de reagir à forma como ele é, agora, encarado pela Igreja Católica portuguesa. Sentada no seu gabinete, não esconde o desapontamento pelas últimas declarações públicas e confessa: "É impossível não me enervar a falar disto."
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O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.