Sábado – Pense por si

A monarca feminista

Vanda Marques
Vanda Marques 30 de outubro de 2024 às 23:00

Foi regente por duas vezes e assinou um tratado que até Churchill elogiou – o de Methuen. Reforçou a aliança com Inglaterra e defendeu que as mulheres deviam falar de política. Era determinada e solidária

Catarina tinha vivido 30 anos em Inglaterra, quando regressou a Portugal, em 1693, para encontrar um país antiquado. Sophie Shorland defende que era feminista. “Ela ficou horrorizada quando percebeu que as mulheres na corte só podiam falar de moda e não podiam discutir política, algo que ela sempre gostou de fazer em Inglaterra”, diz à SÁBADO. Aliás, o embaixador inglês, Methuen, recordou que o Rei D. Pedro II ficou “escandalizado perante tão indecorosa liberdade”. Contudo, Catarina impõe-se e altera a corte e até a moda – passam a usar decotes.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.