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“A maioria dos bebés abaixo do percentil 10 é normal”

Lucília Galha
Lucília Galha 07 de novembro de 2017 às 15:40

O investigador e obstetra no Hospital de Guimarães adaptou as tabelas de percentis aos bebés portugueses, que são, em média, 150 gramas mais leves do que os norte-americanos ou os ingleses.

Imagine a seguinte situação: um bebé nasce e, para determinar em que percentil está, o médico envia um email a cinco obstetras e cinco neonatologistas do país. A probabilidade de receber pelo menos sete respostas diferentes, entre os 10 pedidos, é muito grande. Porquê? Existem, surpreenda-se, mais de 100 tabelas de referência do peso fetal (as chamadas tabelas, ou curvas, de percentis) e uma grande percentagem dos serviços usa tabelas muito antigas. "Como uma das primeiras a serem feitas, em 1963, criada por uma neonatologista em Denver, nos Estados Unidos, e baseada em seis mil nascimentos só numa maternidade numa cidade, curiosamente 1.000 metros acima do mar", diz à SÁBADO Ricardo Santos. Foi para acabar com esta discrepância, e para determinar com maior rigor o peso e o crescimento do bebé, que o investigador do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (Cintesis) decidiu criar tabelas de percentis adequadas à realidade portuguesa.

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