Sábado – Pense por si

O que aprendemos com três gerações de minhocas do mar?

Ana Taborda
Ana Taborda 27 de fevereiro de 2019 às 07:00

Quem diz minhocas diz douradas, sargos ou taínhas. Diana Madeira, uma das quatro vencedoras da Medalha de Honra L’Oréal para as Mulheres na Ciência, explica

Foi no mestrado que Diana Madeira percebeu que o sargo é o peixe que menos aguenta subidas de temperatura (da água do mar, claro). No doutoramento ficou a saber que a dourada tolera melhor estas alterações – sobretudo se não estiver em fase de larva ou de reprodução sexual. E o pós-doutoramento, ainda em curso, já lhe permitiu concluir que as minhocas marinhas (pelo menos algumas espécies) aumentam os gastos de energia para sobreviver em ambientes mais quentes. A investigadora, de 30 anos, é uma das quatro vencedoras da Medalha de Honra L’Oréal para as Mulheres na Ciência, um prémio que em 15 anos distinguiu 49 portuguesas. Com o seu último estudo – o que é distinguido – quer perceber se os organismos marinhos conseguem adaptar-se a um oceano pressionado pelas alterações climáticas e pela poluição. "No fundo, queremos perceber se as espécies marinhas conseguem sobreviver num oceano diferente e se é possível adaptar os planos de conservação. Que espécies são mais vulneráveis e em que espécies temos que nos concentrar tendo em conta o seu papel no equilíbrio do ecossistema? Considerando essa informação, que habitats devem ser protegidos?"

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