Secções
Entrar

Marcelo Rebelo de Sousa é o vencedor do prémio da CPLP

Lusa 05 de março de 2021 às 18:25

Presidente da República português é o vencedor do prémio José Aparecido da Oliveira, atribuído pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, é o vencedor deste ano do prémio José Aparecido da Oliveira, atribuído pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), disse hoje à Lusa o secretário-executivo da organização.

Segundo o embaixador Francisco Ribeiro Telles, "o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa foi escolhido por consenso" entre os membros do júri, os embaixadores dos nove Estados-membros da CPLP.

"Estamos muito agradados com esta decisão, por consenso, dos Estados-membros", acrescentou.

O diplomata adiantou que não está ainda definida a data nem o local em que o Presidente da República Portuguesa poderá receber o prémio, no valor de 30 mil euros, mas admitiu a possibilidade que este possa ser entregue numa cerimónia à margem da próxima conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, prevista para julho em Luanda.

Criado em 2011, o prémio José Aparecido de Oliveira pretende homenagear personalidades e instituições que se distingam na defesa, valorização e promoção da comunidade lusófona.

O primeiro distinguido, em 2012, foi o antigo chefe de Estado brasileiro Lula da Silva, mas da lista de premiados constam também o antigo Presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão e a Igreja Católica timorense; o antigo Presidente português Jorge Sampaio; o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres; o primeiro embaixador do Brasil junto da CPLP, Lauro Moreira, e o alto representante da União Africana para as parcerias com a Europa, Carlos Lopes.

José Aparecido de Oliveira foi um político brasileiro e antigo ministro da cultura do Brasil, considerado um dos principais defensores da criação da CPLP.

Este ano, entre os nomeados para o prémio estavam, além do Presidente da República de Portugal, antigos secretários executivos da CPLP.

De acordo com a lista de dez nomeados, a que a Lusa teve acesso, Marcelo Rebelo de Sousa foi indicado pelo Real Gabinete de Leitura, instituição histórica no Rio de Janeiro, enquanto a Fundação Amílcar Cabral designou como candidato o cabo-verdiano Luís Fonseca, secretário-executivo da CPLP entre 2004 e 2008.

Entre os candidatos estavam também a anterior secretária-executiva Maria do Carmo Silveira (2016-2018), são-tomense, apontada pelo Estado português, e o seu antecessor, o embaixador moçambicano Murade Murargy (2012-2016), por iniciativa da Guiné Equatorial.

Em declarações à Lusa esta semana, Murade Murargy afirmou ter solicitado a sua retirada desta lista de candidatos ao prémio, por considerar que este é normalmente atribuído a antigos chefes de Estado ou de Governo e a instituições.

Os restantes nomeados eram o poeta José Luís Tavares (indicado por Cabo Verde); a Universidade de Coimbra – Alma Mater Portuguesa (Saúde em Português); o professor associado de Literatura Portuguesa e Brasileira Roberto Vecchi (Itália); o professor titular em Literatura Hispano-Americana da Universidade de São Paulo Jorge Schwartz (Argentina); a Sociedade Alemã para os Países Africanos de Língua Portuguesa – DASP (autocandidatura) e o especialista em provérbios André Almeida Panzo (Angola).

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela