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França: Encontrado corpo de Émile Soleil, criança desaparecida há nove meses

Andreia Antunes 31 de março de 2024 às 13:35

O corpo foi descoberto nove meses depois do início da investigação, quando os investigadores organizaram uma "encenação", que reuniu 17 pessoas, de forma a reconstituir o momento em que a criança foi vista pela última vez.

As ossadas de Émile Soleil, criança de dois anos e meio que desapareceu a 8 de julho de 2023, em Le Vernet, França, foram encontradas no sábado, dia 30, perto do local onde foi vista pela última vez, perto da aldeira de Vernet, revelou a Procuradoria Geral de Aix-en-Provence este domingo.

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"A 30 de março de 2024, a Gendarmerie Nationale foi informada da descoberta de ossos perto da aldeia de Vernet", afirmou a Procuradoria Geral em comunicado. "Os investigadores tomaram posse das ossadas, que foram imediatamente transportadas para o instituto de investigação criminal [IRCGN] para análise de ADN, que permitiu concluir, a 31 de março, que se tratava das ossadas da criança Emile Soleil."

A  procuradoria acrescentou que "o IRCGN prossegue a análise forense das ossadas", enquanto a polícia francesa "mobilizará meios para efetuar investigações complementares na zona geográfica onde foram encontradas", refere o jornal Le Monde.

O corpo foi descoberto após de, na quinta-feira, dia 28, os investigadores organizaram uma "encenação" - cerca de nove meses depois do início da investigação -, que reuniu 17 pessoas, dos quais a família de Émile, vizinhos e testemunhas na aldeia, de forma a reconstituir o momento em que a criança foi vista pela última vez.

Émile Soleil foi visto pela última vez às 17 horas e 15 minutos (hora local) no dia 8 de julho, completamente sozinho, a cerca de 2 km da aldeia de  Le Vernet com 125 habitantes.

A criança, que tinha chegado para as férias à casa dos avós, tirou partido de um momento de desatenção do casal e desapareceu. "A família estava a preparar-se para sair de casa, ele tirou vantagem deste momento e desapareceu", explicou François Balique, presidente da câmara de Le Vernet, na altura do desaparecimento.

Foi ainda visto por duas testemunhas numa rua perto da casa dos avós. Porém, estas não fizeram nada já que é muito comum as crianças brincarem na rua nesta aldeia remota.

Inicialmente o caso foi aberto como um caso de desaparecimento suspeito em Digne-les-Bains, mas o inquérito foi rapidamente entregue a dois juízes de instrução, antes de ser reclassificado como um processo-crime por rapto e falso aprisionamento. No entanto, as várias buscas efetuadas na época não permitiram encontrar o corpo da criança.

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