Sábado – Pense por si

Zelensky justifica remodelação governamental com necessidade de "nova energia"

Lusa 04 de setembro de 2024 às 13:52
As mais lidas

O porta-voz do Kremlin afirmou que as mudanças que estão a acontecer no Governo da Ucrânia não influenciarão "de forma alguma" as perspetivas de um processo negocial entre os dois países.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu hoje que é precisa "uma nova energia" depois de mais de dois anos de guerra com a Rússia para justificar a remodelação do seu governo, que inclui o chefe da diplomacia.

Ukrainian Presidential Press Service/Handout via REUTERS

"Alguns deles são ministros há cinco anos e precisamos de energia nova", explicou Zelensky, ao agradecer aos líderes cessantes, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro irlandês Simon Harris, em Kiev.

Por Moscovo, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que as mudanças que estão a acontecer no Governo da Ucrânia não influenciarão "de forma alguma" as perspetivas de um processo negocial entre os dois países.

"Não, isso não influenciará de forma alguma e não tem nada a ver com as perspetivas de um processo de negociação", afirmou Peskov, citado pela agência de notícias russa TASS, a uma pergunta sobre o impacto que as mudanças governamentais na Ucrânia.

Ao mesmo tempo, o porta-voz russo sublinhou que Moscovo está a tomar nota de todas as informações provenientes da Ucrânia.

As declarações de Peskov coincidiram com o anúncio em Kiev da demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmitro Kuleba, que estava no cargo desde 2020.

A demissão de Kuleba, que será abordada numa das próximas sessões do Verkhovna Rada (Parlamento), aconteceu depois de os ministros da Justiça, das Indústrias Estratégicas e do Ambiente terem apresentado a sua demissão ao Parlamento juntamente com o chefe do Fundo de Propriedade do Estado.

Zelensky já tinha avançado previamente os seus planos para uma remodelação do Governo.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.